Hospital de Pedro II é premiado pelas ações de incentivo ao aleitamento materno Foi entregue nesta segunda-feira (03/11) a placa “Iniciativa Hospital Amigo da Criança”, ao hospital estadual Josefina Getirana Netta, localizado em Pedro II. A solenidade contou com a presença do secretário Nazareno Fonteles e da assessora técnica do Ministério da Saúde, Daizê Pinho Vechi, que trabalha na área da Saúde da Criança e Aleitamento Materno. “Esse prêmio demonstra que temos um atendimento de qualidade e humanizado a nossa gestante e aos recém nascidos em Pedro II, com a mãe recebendo uma assistência desde o início da gravidez e as crianças podendo ter um futuro melhor porque nascem num ambiente mais acolhedor. Dessa forma, têm mais chance de serem pessoas amorosas e efetivamente equilibradas”, destaca o secretário. Nazareno acrescenta que é muito gratificante receber esse título numa gestão que tem um pouco mais de 10 meses. Ele ainda destaca que o prêmio representa um estímulo para outros hospitais estaduais, que se esforçam para cumprir as etapas necessárias para receber o título. “Isso também é uma resposta para aqueles que não acreditavam que essa nova gestão iria dá certo, já estamos colhendo o fruto dela. É dessa maneira que garantimos os benefícios da gestão plena e de outras ações que o Estado está realizando na área da saúde, as quais denominamos Programa Saúde Cidadão, como uma realidade no interior do nosso Estado, e na capital”, afirma Fonteles. Para a representante do Ministério da Saúde, Daizê Vechi, tanto o Estado quanto o município estão de parabéns por terem recebido um dos mais importantes prêmios do mundo. “As mães e crianças do Estado serão melhores atendidas se respeitarmos os 10 passos para o aleitamento materno”, comenta Daizê. Segundo a técnica do Ministério da Saúde, existem 18 milhões e 816 mil hospitais credenciados como “Amigo da Criança” no mundo, e apenas 238 desses hospitais estão localizados no Brasil, já o Piauí só possui 9 hospitais com esse título. Por conta disso, ela acha que o país ainda precisa investir mais nessa área de aleitamento materno. “Isso reflete a necessidade de conscientização dos profissionais que militam na área da saúde pública para a importância do aleitamento materno, como sendo algo fundamental para a promoção da saúde das crianças e das mulheres, e ainda contribuí para a redução da morbi mortalidade materna e infantil”, enfatiza Daizê, acrescentando que essa alerta se faz necessária principalmente na região Nordeste, onde o índice de mortalidade chega a 40% de cada 1000 crianças nascidas vivas. De acordo com a diretora do Hospital Maternidade Josefina Getirana Netta, Neuma Café, a conquista desse prêmio significa o reconhecimento de todo trabalho que vem sendo desenvolvido no hospital para melhorar e humanizar o atendimento. “Ele irá significar muito mais para a população, que agora tem a possibilidade concreta de reduzir o índice de mortalidade materna e infantil, pois toda a equipe do hospital está empenhada para melhorar os indicadores de saúde da região, reorganizando todo o serviço e humanizando o atendimento”, enfatiza Neuma. Ela agradeceu o apoio que o hospital sempre teve desse governo estadual, que aumentou o número de Autorização de Internação Hospitalar (AIH) de 110 para 150 AIH´s. Segundo Neuma, graças a esse apoio o hospital hoje é referência para a região, sendo responsável por cerca de 65% a 70% dos partos da região, enquanto em anos anteriores esse número representava apenas 20%. “Antes de assumirmos a direção, o hospital realiza cerca de 26 partos por mês, agora está realizando uma média de 45 partos mensais, e ainda conseguimos fechar o mês de outubro com 55 partos realizados. Se compararmos com o ano passado, o hospital realizou durante todo o ano de 2002 cerca de 312 partos, enquanto que até o mês de outubro desse ano foram realizados 452 partos”, revela Neuma. O número de cirurgias também avançou no hospital, aumentando de duas para 14 cirurgias por mês, chegando ao feito de realizar 22 cirurgias no mês de outubro. E a meta da direção é alcançar uma média de 35 cirurgias mensais. Gestantes estão mais seguras para ter o filho no hospital Vanderly Maria dos Santos está grávida de 8 meses e meio, e está fazendo o pré-natal no hospital de Pedro II. Ela vai ter o segundo filho nesse hospital, contudo revela que na sua primeira gravidez o atendimento era muito mais precário, o hospital oferecia apenas consulta básica. Agora a gestante conta com consulta, exames, palestras de incentivo ao aleitamento materno, e o hospital ainda oferece toda a medicação que a gestante precisa. “Eu me sinto totalmente segura porque tenho todo o acompanhamento necessário, desde a enfermeira até a cozinheira. Em relação a quando eu tive o meu primeiro filho melhorou muito porque fiz todo o pré-natal aqui, mas na hora de ter o bebê senti medo de vir para esse hospital e terminei indo para Teresina. Hoje, o hospital garante tudo, oferece um acompanhamento que antes não tinha”, destaca a futura mamãe. E depois que a mãe tem o bebê o hospital ainda oferece o acompanhamento de uma nutricionista para tratar da dieta da mãe, que também tem noções da importância do ato de amamentar para a saúde da criança.