O trabalho intensivo feito pela Secretaria Estadual da Saúde, Ministério da Saúde e prefeituras municipais para combater os índices alarmantes de dengue no Piauí vem surtindo efeito. Um novo balanço parcial da situação da dengue no Estado aponta uma redução de 69,08% nos casos da doença em relação ao mesmo período no ano passado. Se nos primeiros 31 dias de 2005 foram registrados 152 casos de dengue, em 2006 esse número foi de 47 casos. O índice piauiense ficou bem acima da média nacional. Segundo o Ministério da Saúde em todo Brasil a redução de casos da doença foi de 41,23% no mês passado, em relação ao mesmo período de 2005. Ao todo, foram notificados 7.554 casos da doença contra 12.854 no ano passado. Para a secretária da Saúde Tatiana Chaves a diminuição se deve à parceria entre o Ministério da Saúde, Secretaria Estadual, secretarias municipais de Saúde e a sociedade. “No Piauí estamos instituindo inclusive um prêmio para as pessoas da comunidade que mais atuam no combate a dengue. No ano passado os índices da doença no Estado foram alarmantes e estamos fazendo um trabalho intenso para mudar esse quadro”, explica a secretária. Apesar dos números animadores a campanha de mobilização social continua. Sem a contribuição e o esforço da população não possível conter a doença, já que cerca de 90% dos focos do mosquito transmissor, o Aedes aegypti, estão dentro dos domicílios. Nessa época do ano, de janeiro a maio, quando as condições climáticas são favoráveis ao mosquito, é necessário uma vigilância ainda maior. O trabalho de combate ao Aedes aegypti exige um trabalho conjunto. A prefeitura tem que fiscalizar cemitérios, parques e praças e a sociedade tem que ser mobilizada para que tome consciência do risco e faça sua parte nos trabalhos. O papel da população na prevenção da dengue é fundamental e exige alguns cuidados simples. É preciso evitar o acúmulo de água parada, que são os locais propícios para a reprodução do mosquito Aedes aegypti. É importante eliminar resíduo de água em latas, embalagens, copos plásticos, tampinhas de refrigerantes, pneus velhos, vasinhos de plantas, jarros de flores, garrafas, caixas d'água, tambores, latões, cisternas, sacos plásticos e lixeiras.