Após dois anos e meio de implantado no Laboratório Central (Lacen), o exame de DNA hoje contabiliza 1.906 registros de verificação de paternidade. Implantado na rede pública em fevereiro de 2004, o exame é feito a partir da coleta de sangue ou de células da mucosa bucal dos três envolvidos: o filho, a mãe e o suposto pai. Em 2004, foram 711 exames, em 2005, 774 e em 2006 o número já chega a 420. De acordo com o diretor do Laboratório Central, Evaldo Hipólito, a aparente queda registrada de realização de exames entre 2005 e 2006 deve-se ao atendimento da demanda reprimida em função da não existência do serviço na rede pública entes de 2004. “Como nos dois primeiros anos tínhamos uma grande demanda reprimida, com inúmeros casos agendados na Defensoria Pública, agora estamos observando uma diminuição no número de exames. Isso mostra que a demanda reprimida foi solucionada”, explica Hipólito. Na rede privada cada exame de investigação de paternidade custa, em média, R$ 700. Cada investigação demora em média de 15 a 20 dias para ser concluída. “Para quem já aguardou a vida inteira para saber a identidade do pai, esperar uns dias não significa nada”, diz o estudante I. A. S. “Como trabalhamos com o encaminhamento da Justiça feito através da Defensoria Pública, o procedimento é mais fácil, pois é mais difícil alguém solicitado pela Justiça se negar a fazer o exame”, explica o diretor do Laboratório Central. Entre os casos investigados há alguns que chamam atenção por fugir à regra. “Tivemos um caso em que o suposto pai trouxe quatro filhos para fazer o exame de paternidade e outro em que ele foi intimado judicialmente para investigação de paternidade em duas situações diversas”, disse o diretor.