Ouvir as partes, receber as sugestões e levar as idéias apresentadas ao Ministro da Saúde, José Gomes Temporão. Esse é o objetivo da visita dos quatro técnicos do Ministério da Saúde que vieram ao Piauí analisar a situação dos hospitais públicos da capital. O relatório dessa visita técnica será decisivo para a vinda do Ministro da Saúde ao Piauí. A visita foi marcada por dois momentos distintos: ontem, 21, os técnicos Gisele Bahia (assessora especial da Secretaria de Atenção Básica do Ministério da Saúde), Rosecleia Pogere (Coordenação Geral de Atenção Hospitalar), Marcos Eliseu Marinho (Coordenação de Programação Pactuada Integrada) e Ubiratan Pedrosa (Qualisus) passaram a tarde reunidos com o secretário Assis Carvalho e com representantes da Secretaria de Saúde; com o presidente da Fundação Municipal de Saúde, João Orlando; com técnicos da Universidade Federal do Piauí, além dos diretores dos hospitais Getúlio Vargas e Nathan Portella, Noé Fortes e Carlos Henrique Costa, respectivamente. No início da noite eles estiveram com o governador Wellington Dias. Hoje, 22, a mesma comitiva visitou quatro as futuras instalações do Pronto Socorro Municipal e ainda o Hospital Getúlio Vargas, o Instituto de Doenças Tropicais Nathan Portela terminando no Hospital Universitário. O secretário de saúde expôs a proposta de mudança do Hospital de Doenças Tropicais Nathan Portella (4 mil m²) para o Hospital Universitário que possui 85% de sua estrutura física construída com capacidade para 200 leitos. Com a mudança do Nathan Portella para o HU e a abertura do Pronto Socorro Municipal, uma outra proposta apresentada seria a transferência do setor administrativo do HGV e a implantação da Central de Medicamentos e algumas clínicas para a estrutura vazia do antigo HDIC. “A tomada de algumas decisões hoje vai levar a outras que precisam também ser tomadas. Por isso, a pactuação entre Estado, Governo Federal e município é essencial”, disse Gisele Bahia, assessora especial da Secretaria de Atenção Básica do Ministério da Saúde. A abertura do Pronto Socorro Municipal foi um dos principais pontos de discussão. “O funcionamento do Pronto Socorro é essencial para que o atendimento de urgência e emergência na capital seja otimizado, isso é um consenso. Após a conclusão da obra, o próximo passo é discutir o funcionamento”, afirmou Assis Carvalho lembrando que dos R$ 5 milhões conveniados com o Ministério da Saúde através do Qualisus em 2006, cerca de R$ 780 mil já foram liberados para o término da obra do Pronto Socorro. Visita aos Hospitais A visita dos técnicos do Ministério da Saúde teve início no Pronto Socorro Municipal. Em seguida foram ao serviço de atendimento de urgência do Hospital Getúlio Vargas e ao Instituto de Doenças Tropicais Nathan Portella. Dos corredores cheios de macas e caixas do Nathan Portella aos corredores do Hospital Universitário, um espaço de 18 mil m², que se encontra ocioso. O reitor Luís Júnior disse que o hospital possui 85% de sua área original construída com capacidade para 200 leitos de baixa e média complexidade. “O que vemos aqui é uma estrutura ociosa, enquanto os corredores do Nathan Portella estão cheios”, declarou Assis Carvalho. A secretária de Atenção Básica do Ministério da Saúde, Gisele Bahia, afirmou que mesmo com o aumento do número de leitos na capital, é preciso fortalecer a atenção básica nos municípios do interior. “O que vimos aqui foram situações sofridas tanto para profissionais quanto para os pacientes. Uma oscilação de espaços superlotados e outros ociosos como este aqui. O nosso trabalho é promover saúde e vamos tentar encontrar a melhor solução para oi problema do Piauí”, declarou.