O governador Wellington Dias inaugurou neste sábado, 28, a reforma e ampliação da Unidade Básica de Saúde, fez a entrega de uma ambulância, em Castelo do Piauí e ainda entregou o serviço de reabilitação do município, que funcionará no Hospital Nilo Lima. As obras foram executadas com recursos do Governo do Estado em parceria com o Ministério da Saúde e Banco Nacional de Desenvolvimentos Econômico e Social (BNDES). Na solenidade estavam presentes o secretário de Saúde, Assis Carvalho; a Coordenadora Estadual para Inclusão da Pessoa com Deficiência, Rejane Dias; o secretário de Turismo, Silvio Leite; o prefeito José Maia, os deputados João de Deus, Juraci Leite, Paulo Martins, dentre outras autoridades. Na Unidade Básica de Saúde serão realizadas consultas e atendimentos a hipertensos, exames ginecológicos, saúde bucal, Programa Saúde da Família, pré-natal, dentre outros serviços. Os recursos investidos na obra são do Tesouro Estadual na ordem de R$ 78.062,75. Durante visita às instalações da Unidade Básica de Saúde, o governador comentou que o objetivo é promover a saúde preventiva para esvaziar os hospitais através do Programa Saúde da Família, levando o atendimento médico aos lares. O governador aprovou também a reforma da unidade e disse que os hospitais precisam ter um ambiente humanizado, proporcionando comodidade aos pacientes e sendo um local de trabalho mais confortável. Segundo o secretário de Saúde, Assis Carvalho, o município recebeu cerca de R$ 300 mil em investimento, com a aquisição da ambulância, no valor de R$ 93 mil; reforma e ampliação da Unidade Básica de Saúde; reforma do Hospital Nilo Lima e aquisição de equipamentos no valor de R$ 61.950,00 através do Projeto Resaúde em parceria com o BNDES e ainda a inauguração do Serviço de Reabilitação com recursos na ordem de R$ 89.712,61. "Portanto, esse é um momento de festa em que Governo do Estado e prefeitura atuam em parceria em benefício do povo, levando uma saúde de qualidade para população", informa. Assis Carvalho destacou ainda a importância da municipalização para fortalecimento da saúde nas cidades. “Com essa medida estamos fortalecendo a Atenção Básica, que é de competência dos municípios”, disse. O prefeito José Maia, que já aderiu ao plano de municipalização da saúde, disse que a descentralização dos serviços de saúde está sendo proposta pela Secretaria da Saúde visando atender as necessidades básicas dos pacientes nos municípios, capacitando hospitais com gestão municipal, para fazer atendimentos de média complexidade, no caso de Castelo. “Com isso, muitos casos que são trazidos para Teresina serão tratados na própria região”, declarou. O governador reiterou as afirmações do prefeito dizendo que o hospitais são do governador e nem amanhã serão dos prefeitos, “eles pertencem ao povo”, disse Dias. O secretário disse ainda que várias ações estão sendo executadas para melhorar a saúde no Piauí e o governador autorizou a compra de mais ambulâncias. "Estamos em processo de licitação", diz Assis Carvalho. Centro de Fisioterapia A partir desta segunda-feira, as pessoas que precisam fazer tratamento de reabilitação de média complexidade nas cidades de Castelo do Piauí, Buriti dos Montes, Juazeiro, São João da Serra e cidades vizinhas não precisam vir mais a Teresina, pois Castelo do Piauí ganhou um serviço de Reabilitação, no hospital Nilo Lima. A clínica, há muito tempo, era aguardada pelos moradores, principalmente para dona Lucineide Mineiro, mãe da pequena Mirna Evelin, de 12 anos, que há 7 anos está tetraplégica por conta de um erro médico e há 2 anos não fazia fisioterapia por questões financeiras. Ela ganhou uma cadeira de rodas adaptada da Secretária da Saúde. Lucineide mora em frente ao hospital Nilo Lima e disse que o serviço chegou à cidade em momento oportuno. A mãe conta que a filha já chegou a ficar internada por 8 meses em Teresina, foi atendida na Rede Sara, em São Luís, mas como as dificuldades eram muitas, foi aconselhada a voltar e a menina estava sem fazer fisioterapia. "Agora, ela será uma das primeiras pacientes a serem atendidas na clínica a partir desta segunda-feira, 30, conta o fisioterapeuta Saulo Araújo de Carvalho. O Serviço de Reabilitação custou um investimento de R$ 89.712,61, com recursos do Ministério da Saúde e Governo do Estado e vai atender um total de 2.109 pessoas com deficiência física e motora. A coordenadora da CEID, Rejane Dias, declarou que a inauguração dessa clínica em Castelo é resultado de uma gestão planejada de governo. Rejane Dias afirmou que já foram inauguradas nove clínicas de reabilitação e a meta é atingir um total de 36 no Piauí, nas cidades pólos. "Até o final do ano, nossa previsão é inaugurar 17 centros como este de Castelo do Piauí", diz. Além das 36 clínicas no interior para casos de média complexidade, será inaugurado em Teresina o Centro de Reabilitação para alta complexidade, formando assim uma Rede Estadual de Reabilitação. "Até 2010, está previsto o investimento de R$ 10 milhões", diz Rejane Dias. Teste do Pezinho A primeira-dama ressaltou a importância do Programa de Triagem Neonatal (teste do pezinho), que também é oferecido na clínica de reabilitação. Ela disse que o teste do pezinho já é realizado em 177 cidades do Piauí, representando um total de 90,6%, faltando apenas 46 municípios para implantação do programa. Neste ano, de janeiro a junho, foram realizados 17.681 testes do pezinho e, segundo Gardênia Val, coordenadora estadual do programa de triagem neonatal, em 2005, foram realizados 22.100 e em 2006, um total de 32.103. No Piauí foi implantado a Fase I do Teste do Pezinho, que detecta casos de Fenilcetonúria e Hipotireoidismo congênito. Mas a intenção é implantar a fase II, que detecta problemas como a anemia falciforme. Desde que o exame começou a ser realizado, já foram detectados casos de Fenilcetonúria e Hipotireoidismo. "Hoje, o Piauí tem 33 casos de crianças que tiveram os problemas detectados através do Teste do Pezinho e que estão recebendo tratamento adequado no Hospital Infantil", disse o governador. Antes do programa de triagem neonatal, menos de 10% faziam o teste do pezinho. Hoje, nenhum recém-nascido sai do hospital sem fazer o exame.