Todos os dias a cena se repete na porta do Pronto-Socorro do Hospital Getúlio Vargas (HGV): ambulâncias de Teresina, do interior do Piauí e de outros estados chegam a todo o momento transportando pacientes. Nos finais de semana o fluxo de atendimentos é ainda maior, o que acaba acarretando, em alguns momentos, a formação de “filas” desses veículos na porta do PS. Algumas dessas ambulâncias percorrem até centenas de quilômetros até chegar ao HGV. O resultado é um Pronto-Socorro que vem registrando um número cada vez maior de atendimentos. Somente neste final de semana foram atendidos 600 pacientes. A aposentada Maria Sales, 70anos, maranhense, expressa bem essa realidade vivida diariamente pelo PS. Ela viajou cerca de 470 quilômetros junto com a filha para buscar atendimento no HGV. Ela fraturou o braço esquerdo depois de uma queda. “Passei por vários médicos em outros hospitais do Maranhão e só me deram soro. Não agüentava mais a dor, por isso resolvemos vir para cá”, falou a aposentada. A filha de dona Maria Sales, Eliane Sales, diz que nos cinco dias em que está acompanhando a mãe internada no PS não tem conseguido dormir direito. Mas não reclama. “O atendimento é bom, o problema é que é muito lotado”, diz a filha. O diretor geral do Hospital Getúlio Vargas, Noé Fortes, explica que até o término do processo de transferência do PS, previsto para 60 dias, para o Hospital de Urgência de Teresina Dr. Zenon Rocha (HUT), os pacientes de Urgência e Emergência devem continuar procurando o HGV. “Mesmo com a grande demanda estamos recebendo a todos que nos procuram. Mesmo com todas as dificuldades procuramos prestar atendimento dentro das possibilidades”, diz o diretor. Por Solinan Barbosa