Antônio Alves é agente de endemias e veio de São Miguel do Tapuio para se juntar a Brigada Mata Mosquito. Na manhã de hoje, 20, ele percorreu alguns quarteirões do bairro Real Copagre, zona Norte da capital e notou diferenças em relação ao centro da cidade. “No centro, as pessoas cuidam mais de suas casas. Eliminam os depósitos de água. No caso daqui a população está informado, mas não cuida do imóvel da forma adequada”, disse. O sub-tenente, Moreno, disse que a maior diferença está na consciência das pessoas. “As pessoas são mais conscientes nas áreas centrais, geralmente na periferia não se vê a mesma coisa”, disse. E complementa dizendo que no interior as pessoas são mais cuidadosas. “Mesmo as que moram na zona rural, são mais cuidadosos com o local onde moram”, disse o oficial que também percorreu junto com a Brigada os municípios do interior. A dona de casa Maria da Paz, que está de mudança para o Real Copagre, ratifica as palavras do sub-tenente Moreno e manda um alerta. “Todo mundo tem que ajudar. Não adianta o Governo fazer todo esse esforço se as pessoas não limpam as suas casas. Porque se eu limpo a minha casa pode até não ter dengue aqui, mas em outra casa mais na frente pode ter um foco”, afirmou. Hoje, 20, foi a vez do Acarape, Matadouro, São Joaquim, Olarias, Mafrense, Nova Brasília, Alvorada, Aeroporto, Primavera, Real Copagre, Itaperu e Poti Velho. Amanhã, 21, as equipes da Brigada Mata Mosquito, vão percorrer os seguintes bairros: Água Mineral, Memorare, Bom Jesus, São Francisco, Alto Alegre, Buenos Aires, Embrapa, Mocambinho I, II e III, Santa Sofia. Terrenos Baldios e muito mato Muitas foram as denúncias de moradores sobre a existência de terrenos baldios. Por onde a Brigada passava, os populares vinham pedir que eles visitassem esses locais. Os telefones da Vigilância Sanitária não pararam um minuto esta manhã com ligações onde a população pedia a visita da Brigada nos terrenos baldios. “Por onde passamos, nós notificamos os locais que precisam de capina e os terrenos baldios, para posterior visita de equipes de limpeza”, explica o agente de endemias, Antônio Alves. Larvas No primeiro dia da operação em Teresina, o agente de endemias José Dias, que veio de Rio Grande do Piauí para trabalhar na Brigada Mata Mosquito, percorreu o centro da cidade na região que compreende os hospitais. Ele conta que nos quarteirões que ele visitou foram encontradas larvas do mosquito aedes aegipty em cinco residências. “Também houve recusa por parte de três moradores que não deixaram nossa equipe entrar”. Por Sana Moraes e Thiago Luís