A Diretoria Estadual de Vigilância Sanitária, da Secretaria Estadual de Saúde do Piauí, alerta para o comércio indevido do KIT Inteligente Sil Line, da empresa Nossa Pele Cosméticos, de Fortaleza, no Ceará. Além da empresa não ter licença sanitária nem autorização para funcionamento, o produto vem causando uma série de efeitos adversos em quem o utiliza. Depois de investigações sobre o caso, a Divisa verificou que a empresa falsificou uma “autorização de funcionamento” e vem distribuindo ilegalmente o produto no Piauí. “Esse kit vem provocando coceiras, náuseas, dores de cabeça, taquicardia e vários outros efeitos que podem ser perigosos à saúde. Como ele não é certificado pela Anvisa ninguém sabe sua composição e nem o que ele pode provocar, portanto aconselhamos não utilizar o produto em hipótese alguma”, explica Tatiana Chaves, diretora de Vigilância Sanitária do Estado. Ela diz que tanto a Anvisa, quanto o Ministério Público já foram avisamos sobre o caso e que o município de Teresina está sendo notificado para apreender, imediatamente no comércio e nos salões de beleza o produto. “O produto deve ser retirado imediatamente do mercado e qualquer pessoa que verificar o comercio desse Kit pode denunciar a Vigilância Sanitária pelo telefone 0800 280 36 55”, destaca Tatiana. Por utilizarem produtos tóxicos, o uso de alisantes clandestinos é extremamente perigoso à saúde. Por isso, para atestar se o produto pode ser utilizado, as pessoas devem tomar uma série de cuidados. Em primeiro lugar, o usuário deve verificar se o produto é registrado na Anvisa/Ministério da Saúde. Para a obtenção do registro, o responsável deve apresentar à Anvisa uma série de documentos e informações técnicas referentes à composição, para assegurar a segurança e a eficácia do produto. Outro ponto importante diz respeito à formulação do produto, que somente será registrado caso atenda às exigências estabelecidas na legislação sanitária, sendo que o seu uso correto, em geral, não implica em danos para a saúde. Quanto à incidência da substância formaldeído (conhecido como Formol) em cosméticos, a legislação permite sua utilização apenas como conservante ou endurecedor de unhas e proteção de cutículas, em condições específicas a partir de concentrações baixíssimas e contendo as devidas advertências na rotulagem nos produtos. Segundo a Anvisa, a utilização indevida do formol na composição de alisantes são altamente agressivos às mucosas, olhos e aparelho respiratório, podendo provocar asma. Além de irritação e dermatites, o uso tópico - em soluções concentradas - causa branqueamento e endurecimento da pele, originando reações de sensibilização, aumento de rigidez e perda de sensibilidade no local exposto ao contato da fórmula clandestina.