O mês de agosto foi preocupante para o Centro de Hematologia e Hemoterapia do Piauí (Hemopi) que chegou a ter uma baixa de 40% no estoque de sangue. Tudo por conta da campanha nacional de vacinação contra a rubéola, iniciada no dia 09 de agosto, que impedia os imunizados de doar por 30 dias. De acordo com a coordenadora de Educação e Saúde do Hemopi, Veronésia Rosal, a crise atingiu todos os hemocentros do país, mas aos poucos o número de doações está voltando à normalidade. “Temos conseguido atender às solicitações, pois os doadores estão atendendo aos chamados. O retorno é lento, mas temos feito coletas externas, em faculdades, igrejas e organizações de serviço para melhorar o estoque”, ressalta. Para manter-se nesse nível de segurança, a coordenadora afirma que é necessário um número de 150 a 200 doações por dia, uma média de 3.500 a 4.000 coletas por mês, meta mantida nos últimos três anos. “O sangue é um produto perecível, biológico e com 30 dias não serve mais, temos um estoque de segurança, mais do que isso é desnecessário”, diz. Para a surpresa de todos no hemocentro, as doações voluntárias têm aumentado consideravelmente este ano. “Mais do que isso, o retorno e a fidelização do doador é que foram mais surpreendentes para nós em 2008”, declara. Ela revela ainda o sucesso da campanha da medula óssea, onde a previsão do Hemopi era de conseguir 15 mil doadores em 120 dias. No entanto, a meta foi atingida em 60 dias. “Provavelmente sejamos o primeiro do Nordeste em número de doadores cadastrados”, comemora. Pode ser doador pessoas entre 18 e 65 anos, em boas condições de saúde, com peso mínimo de 50 kg. Por Aline Moreira