O ministro da Saúde, José Gomes Temporão lança, nesta segunda-feira (20), no Rio de Janeiro (RJ), a Campanha Nacional de Combate à Dengue. Na edição deste ano, o tema das peças publicitárias é "Brasil unido contra a dengue". A campanha será dividida em três momentos de alerta. O primeiro ressalta a importância da limpeza antes do período das chuvas. O segundo, para a mobilização e combate aos focos do mosquito transmissor, nos meses de maior risco da doença. E o terceiro trata dos sintomas e o que a população deve fazer quando surgirem. "É preciso que cada brasileiro cuide da sua casa e da sua rua. Acione os vizinhos. Fale com os membros de sua comunidade. Alerte as autoridades ao detectar acúmulo de lixo ou locais que possam formar criadouros", disse o ministro. A campanha tem o objetivo de mobilizar gestores, profissionais de saúde e sociedade para a prevenção e educação. O foco é a eliminação dos criadouros de mosquitos, no período pré-chuvoso, e a diminuição do impacto da doença, na fase de alta infestação. Além disso, esclarece a população sobre o que fazer em caso de suspeita da doença. A veiculação da campanha começa nesta segunda-feira (20) e será divulgada na televisão, rádio, revista, mobiliário urbano, internet e jornal. Foram investidos R$ 40,3 milhões, dos quais R$ 4,2 milhões para produção e R$ 36,1 milhões para a veiculação. INVESTIMENTOS: No mês de outubro, o Ministério da Saúde anunciou a liberação de R$ 128 milhões a mais para o Teto Financeiro de Vigilância em Saúde (TFVS) de estados e municípios. Em toda a estratégia de combate à dengue, o Ministério da Saúde investira neste ano R$ 1,08 bilhão, um aumento de 23%, em relação a 2007. Esse é o maior volume de recursos já investidos pelo Ministério da Saúde com essa finalidade. Os recursos adicionais são destinados aos municípios prioritários dentro da estratégia nacional de combate à doença, como áreas de fronteira, turísticas, regiões metropolitanas e com mais de 50 mil habitantes. AÇÕES: O Ministério da Saúde está desenvolvendo uma série de ações para o combate à epidemia neste ano. Confira alguns destaques: • Foram distribuídos para Estados 270 nebulizadores costais motorizados, 200 veículos Kombi, 100 motocicletas, 40 veículos pick-up e 30 pulverizadores costais motorizados; • Acordo com as Forças Armadas para atuar como agentes de combate ao mosquito e também para atuar de forma complementar no atendimento aos pacientes nas áreas de risco; • Ações com Ministério da Educação para levar informação e mobilização a estudantes e professores, como o filmete "Vila Saúde", para alunos da atenção básica; • Portaria interministerial envolve outros 9 órgãos do governo federal, no desenvolvimento de ações contra a dengue em suas áreas de atuação. São eles: os ministérios das Cidades, da Defesa, da Educação, Integração Nacional, Justiça, Meio Ambiente e Turismo, Casa Civil e Secretaria de Comunicação Social. • Parcerias com mais de 24 empresas e organizações civis para medidas de prevenção, educação e combate à dengue; • A partir de novembro, mais de 300 professores de Medicina e Enfermagem serão capacitados pelo Ministério da Saúde e agirão como multiplicadores, estendendo os conhecimentos para 31,6 mil pessoas que atuam diretamente em saúde; • No próximo dia 27, começa o Levantamento de Índice Rápido de Infestação por Aedes Agypti (LIRAa), que fará apuração em 169 municípios prioritários de infestação do mosquito transmissor, permitindo atuar in loco em medidas preventivas; • O Ministério da Saúde tem atuado em parceria com os estados na finalização de 13 planos de ação para enfrentamento da dengue, em regiões estratégicas; • Municípios parceiros do Ministério da Saúde estão testando três novas estratégias de prevenção e controle da dengue, com testes de sorotipos mais rápidos, captura de mosquitos por armadilha e uso da internet no alerta da população sobre focos do mosquito; • Sensibilização, até o momento, de 42.806 líderes comunitários por telefone e porta em porta; • Envio de material informativo a 4.121 emissoras comunitárias, carros de som, rádio-poste; e a portaria publicada neste mês que recomenda às secretarias estaduais e municipais que orientar, fiscalizar e punir estabelecimentos comerciais e industriais que não atentarem para a formação de criadouros. Fonte: Ministério da Saúde