Vacinação de casa em casa, monitoramento rápido de cobertura vacinal da rubéola, estratégias diferenciadas de vacinação onde não há cobertura do Programa Saúde da Família, envio diário de dados para o sistema de monitoramento da Secretaria Estadual foram algumas das decisões tomadas na manhã de hoje, 02, em reunião do Secretário de Saúde, Assis Carvalho, com o presidente da APPM, Nonato Marreiros, prefeitos e secretários municipais de saúde na sede da Associação Piauiense de Municípios. O tema central do encontro foi a preocupação com o cumprimento da meta, que é de 95% dos homens e mulheres de 20 a 39 anos, e a análise dos motivos para os municípios ainda não terem cumprido. O novo prazo para alcance da meta é 15 de dezembro. “Pedimos a ajuda da APPM para que pudéssemos mobilizar todos os prefeitos e secretários para a vacinação, pois não há justificativa para um município não conseguir atingir a meta mínima de 95%. Quanto às soluções, os prefeitos devem chamar seus secretários e esses suas equipes de PSF para uma conversa, atualizar os dados diariamente, e a Secretaria Estadual vai participar com todo o apoio logístico” garante o secretário Assis Carvalho. O não cumprimento da meta traz algumas dificuldades para a saúde dos municípios, no que diz respeito também aos convênios assinados. Porém alguns prefeitos apresentam motivos para o não cumprimento da meta, principalmente no que se refere ao sexo masculino. “Não conseguimos alcançar a meta, apesar de todos os esforços, pois acreditamos que o número de homens que consta nos dados está superestimado” justifica João Luiz Lopes (o Zito) prefeito de Água Branca. Segundo o superintendente de Atenção Integral à Saúde, Albano Amorim, um dos motivos apontados pelos prefeitos para o não alcance da meta em relação à população masculina deve –se ao fato de muitos homens trabalharem fora do município, e até em outros estados. “Muitos deles estariam viajando para trabalhar, o que dificultaria o controle dos dados, já que a população a ser vacinada pertence a uma faixa etária economicamente ativa, 20 a 39 anos.” Municípios como Bocaina, ultrapassaram a meta mínima depois de adotarem medidas radicais “Algumas pessoas continuaram muito resistentes à vacinação, mesmo depois de campanhas de esclarecimento. Por isso fizemos essas pessoas assinarem um termo de compromisso e levamos ao Ministério Público” conta o prefeito Francisco Macedo. “Todas as pessoas, dentro da faixa etária, devem se vacinar” conclui o prefeito. Por Samira Ramalho