O medo do resultado e o preconceito ainda são os principais fatores que impedem as pessoas de realizarem o Teste rápido de HIV (Vírus da Imunodeficiência Humana). Em Teresina, muitas pessoas preferiram procurar o serviço após as folias de carnaval. Durante o período carnavalesco, a Secretaria Estadual de Saúde (Sesapi) montou em Teresina e outras dezenas de cidades do interior, estandes do Projeto Fique Sabendo, mas nem mesmo estandes extras que foram disponibilizados após o carnaval, nos dias 10 e 11 de março, receberam as visitas dos foliões. De acordo com Sandra Cunha, coordenadora de DST (Doenças Sexualmente Transmissíveis), os estandes quem ficaram disponíveis nesses dois dias realizaram apenas 40 testes. Ela acredita que o receio do resultado impede as pessoas de fazerem o Teste. “Precisamos tirar esta imagem de que a AIDS é uma doença de outro mundo, muita gente ainda teme fazer o teste por preconceito ou medo mesmo; já nos dias normais a procura pelo teste rápido aumentou, isso pode ser atribuído ao fato de algumas pessoas preferir fazer o teste de forma mais reservada ao invés de saber durante o período festivo de carnaval”, analisa. Ate a semana passada o número de procura pelo Teste de HIV/AIDS já ultrapassava pouco mais da metade dos testes realizados nos dias extras, Sandra Cunha adianta que mesmo ainda n não tendo os números totalizados, é notória o aumentou da procura depois do carnaval. Testes gratuítos - A coordenadora de DST lembra que diariamente os CTAs (Centro de Testagem e Aconselhamento), realizam gratuitamente os testes, tanto na forma rápida quanto na normal. O resultado do rápido sai em cerca de 30 minutos e é ofertado a pessoas com deficiências, idosos ou gestantes. A forma normal traz o resultado em um período de no máximo 20 dias por conta da soro-conservação e de outros processos pelos quais passa o sangue retirado do paciente. Sandra Cunha explica que somente é possível fazer o teste se o paciente não tiver mantido relação sexual no mesmo dia. “O paciente não pode ter tido qualquer relação sexual no mesmo dia em que for realizar o teste, pois a mostra do sangue não vale para o tipo da doença que estamos diagnosticando. É preciso perder o medo e se cuidar e saber o mais rápido possível se contém o vírus da AIDS ou não, pois se adiar as conseqüências serão piores”, alerta. O trabalho da Coordenadoria de DST da Sesapi tem o objetivo de estimular a população a diagnosticar a doença e ensinar as formas de prevenir a contaminação. Campanhas educativas e publicitárias também estão nas ações realizadas pela Coordenação durante todo o ano. Por Adriano Magno