O aumento nos números de casos de crianças menores de cinco anos que nascem com o vírus HIV tem preocupado a Supervisão de DST (Doenças Sexualmente Transmissíveis), órgão ligado a Secretaria estadual de Saúde(Sesapi).
 
Os dados foram apresentados na manha desta quarta-feira (13), no auditório da Escola Fazendária, durante o segundo dia do Seminário Territorial para Monitoramento dos Indicadores de Saúde 2010/2011.
 
De acordo com a supervisora de DST da Sesapi, Sandra Cunha, os indicadores do Ministério da Saúde permitem até 0,93% de incidências de bebês que contraem o vírus através da mãe, mas o Piauí atualmente apresenta um quadro de 2, 8%, para uma população de 100 mil habitantes, quase o triplo da meta permitida.
 
Sandra Cunha explica que o aumento dos casos se dá muitas vezes por simples comodismo das mães, de não buscar a tempo o teste pré-natal e também por falta de ações mais enérgicas dos municípios voltados para a importância de se fazer este exame.
 
 “Temos que controlar este triste quadro e isso só é possível colocando mais campanhas nas ruas para que as mães atentem do perigo da transmissão vertical, que é essa transmissão repassada ao Bebê. Se o vírus é identificado previamente, a probabilidade de a criança ser contagiada diminui, porque aplicamos o remédio AZT evitando com mais rigor a contaminação”, frisa.
 
Outra medida que deverá ser adotada é a disponibilização do teste rápido, que fornece o resultado em 30 minutos, sendo possível reduzir as chances de transmissão do vírus da mãe para o filho de 40% para menos de 1%, graças a ajuda de medicamentos utilizados mediante a detecção do HIV o mais cedo possível.
 
Alem dos indicativos das Doenças Sexualmente Transmissíveis, o seminário levou ainda discussão junto aos municípios do conjunto de ações de vigilância em saúde, que tem como exemplos, o controle de endemias, cumprimento de metas vacinais, saúde da mulher e redução de mortalidade infantil.
 
Por Adrianno Magno