Márcio Sales/Sesapi Sesapi lança Plano Estadual de Oncologia nesta quarta (27) A solenidade acontecerá no Palácio de Karnak ao meio dia

A Secretaria de Estado da Saúde (SESAPI) lança nesta quarta-feira (27), às 12h, no Palácio de Karnak, o Plano Estadual de Oncologia. Inédito na saúde pública do estado, o plano faz parte de uma estratégia conjunta entre o Estado, Municípios e o Ministério da Saúde, no intuito de ampliar o acesso dos pacientes oncológicos a serviços de saúde de qualidade, reduzindo, em momento oportuno, os riscos de morte e minimizando a incidência do câncer na população.

A solenidade contará com a participação do secretário de governo, Freitas Neto; secretário de saúde, Mirócles Veras, e de prefeitos dos municípios que serão beneficiados com o plano, além da equipe técnica da Sesapi que envolve a Coordenação de Saúde da Mulher, através da Diretoria de Vigilância em Saúde (DUVAS).

Dentro do planejamento estratégico para expansão da cobertura assistencial no Piauí, está prevista a implantação de uma Unidade de Alta Complexidade no município de Parnaíba, sede do Território da Planície Litorânea, uma Unidade de Alta Complexidade em Oncologia na cidade de Teresina, sede do Território Entre Rios e outra em Picos, sede do Território de Guaribas, além de Bom Jesus.

Segundo dados ambulatoriais do Hospital São Marcos, até agora o único especializado no tratamento da doença pelo SUS, o câncer de mama é o que mais acomete pacientes. De 2008 a 2013 foram 3.242 registrados. Destes, 467 pertencem ao Maranhão. Ainda de acordo com o hospital, no período de 2009 a 2013, uma média de 15% dos casos novos de neoplasias são procedentes de outros Estados (Maranhão, Pará, Tocantins e outros) com predominância do Estado do Maranhão.

No ano 2008, 34,5% dos pacientes tratados com câncer declararam ser residentes em outros Estados, enquanto que no ano de 2013 apenas 12% relataram residência fora do Estado do Piauí, apresentando assim uma diminuição de 65,7%. Tal estatística ainda não é real. Dados comprovam que usuários de outros estados, especialmente do Maranhão, continuam sendo atendidos no Piauí, porém, não declaram pertencer ao vizinho estado, por receio de não poder receber o tratamento, considerando terem conhecimento da sobrecarga e do quanto o Piauí, com ênfase na capital, é onerado sem ressarcimento.

“A ampliação do serviço de oncologia para outras regiões do Estado garantirá a melhoria do acesso e tratamento em tempo oportuno, considerando que existe apenas um e em Teresina”, afirma o secretário de saúde, Mirócles Veras.

O São Marcos possui 115 leitos para oncologia, destes, 76 que corresponde a 66% são credenciados ao SUS. Os tipos de câncer que mais matam no estado são pulmão, com mais de 10% dos casos, seguido da neoplasia maligna da próstata. Aparecem ainda mama e colo do útero.

“Estamos aumentando ainda o teto de oncologia para Teresina em cerca de R$ 400 milhões o que, ao final de 6 meses, equivalerá a R$ 2,4 milhões investidos no setor, proporcionando assistência a pacientes tanto da capital, como no interior”, finaliza o secretário.

Os recursos para operacionalização do plano serão do Estado em parceria com o Ministério da Saúde. Segundo o oncologista Glauto Tuquare, a descentralização vai trazer mais qualidade de vida ao paciente. “Quando o plano tiver totalmente implantado, com as unidades de saúde credenciadas, o paciente vai poder ir e voltar no mesmo dia quando for dar continuidade ao tratamento numa cidade-sede”, afirmou.