Márcio Sales  Hospitais regionais vão elaborar plano de metas A oficina que tratou do assunto acontece durante todo o dia no Diferencial Buffet,

Os hospitais regionais do Piauí começaram hoje (3) as discutir o plano operativo que visa o estabelecimento de metas e indicadores, como forma de ampliar a integração dos serviços existentes no Hospital ao SUS, com garantia de atendimento aos problemas de saúde relevantes da população, buscando equidade, qualidade e sustentável relação custo-efetividade na prestação do cuidado. A oficina que tratou do assunto acontece durante todo o dia no Diferencial Buffet, em Teresina. Gestores de todos as unidades de saúde estaduais estão presentes.

O plano operativo é uma exigência da Secretaria de Estado da Saúde para que o órgão acompanhe os investimentos feitos através da nova contratualização com os hospitais regionais e estaduais do Piauí. A contratualização, na prática, significa um incremento no repasse de recursos a essas unidades de saúde, que representa 25% a mais do que normalmente recebem.
Na abertura da oficina, o secretário de saúde Mirócles Veras pediu aos gestores que repensem seus hospitais, de forma o sistema possa se organizar e o usuário sentir os benefícios.

“Estamos aqui para discutir a rede com cada um dos hospitais. Precisamos saber em que a instituição se propõe em fazer para melhorar, por isso o plano de metas. Vão ser cobradas algumas ações de melhoria ao usuário lá na ponta. Tudo depende dos gestores para que possamos organizar o sistema.  O bom gestor é o que administra a crise. Vamos repensar cada instituição visando melhorar o atendimento ao usuário”, disse.

A diretora de regulação da Sesapi, Patrícia Batista, disse que o plano de metas dos hospitais deve priorizar o eixo da assistência e gestão. “É a primeira vez nesse Estado que se faz uma contratualização oficial, garantindo o repasse de recursos. Isso é só o começo. É o início”, explica.

A assinatura do novo modelo de contratualização com os hospitais aconteceu em julho. Já estão recebendo mais recursos as unidades de saúde de Floriano, Uruçuí, Bom Jesus, Corrente, Curimatá, São Raimundo Nonato, São João do Piauí, Canto do Buriti, Picos, Oeiras, Simplício Mendes, Valença, Elesbão Veloso, Amarante e Demerval Lobão, Piripiri, Campo Maior, Esperantina, São Miguel do Tapuio, Luzilândia, além de Parnaíba.

“O Plano Operativo é parte integrante da Contratualização, é um instrumento no qual são apresentadas ações, serviços, atividades, metas e indicadores quantitativos e qualitativos pactuados entre os gestores municipal/estadual e o prestador de serviço. Uma coisa é certa: independente de qual venha a ser o caminho a ser escolhido, o resultado final será proporcional a vontade política, ao compromisso, a competência, a determinação dos gestores públicos e cada Hospital deve construir suas próprias alternativas, a partir de sua realidade, história ,compromissos e da possibilidade concreta de transformar as estruturas e melhorar a sua capacidade de resolver problemas. “A melhor prática clínica é aquela que proporciona o mais alto nível de qualidade assistencial ao menor custo, de maneira mais eqüitativa, ao maior número de pessoas”, relata Edvone Benevides, assessora técnica da SESAPI.