Hérlon Moraes Coletiva reúne imprensa para esclarecer primeiro caso de Febre do Nilo Secretário José Fortes participou da coletiva

A Secretaria de Estado da Saúde (Sesapi), com o apoio do Ministério da Saúde, anunciou no final da manhã desta terça-feira (9) a confirmação do primeiro caso piauiense de Febre do Nilo Ocidental (FNO) em humano, que também recebe o registro de primeiro caso da doença no Brasil. Um inquérito está sendo realizado para averiguar a possibilidade de outros casos da doença. 

A Febre do Nilo Ocidental (FNO) é uma doença causada por um vírus do gênero Flavivirus, família Flaviviridae, assim como o da Dengue e o da Febre Amarela. O vírus do Nilo Ocidental (VNO) é transmitido por meio da picada de mosquitos infectados, principalmente, do gênero Culex. Os hospedeiros naturais são aves silvestres (que atuam como amplificadoras do vírus, pois apresentam viremia elevada e prolongada, atuando como fonte de infecção para os mosquitos), cavalos e outros mamíferos, assim como o homem, também são suscetíveis à infecção embora não apresentem papel importante na cadeia de transmissão, pois apresentam viremia breve e de baixa intensidade, insuficiente para infectar mosquitos. 

SOBRE O CASO – Em agosto de 2014, um morador da área rural que apresentou encefalite foi considerado suspeito da FNO. Trata-se de um vaqueiro que reside na área rural entre os municípios de Aroeiras do Itaim e Itainópolis. O exame de sorologia (MAC_ELISA) apresentou resultado positivo para o vírus da Febre do Nilo Ocidental. 

“O Ministério da Saúde e a Sesapi, em parceria com outras instituições: Fundação Municipal de Saúde (FMS), ADAPI e LACEN, definiram um plano de ação que visa ampliar a investigação e avaliar maiores detalhes do evento, incluindo uma estruturação da rede de Vigilância Epidemiológica prospectiva, com base nos diferentes eixos de atuação”, disse Amélia Costa, coordenadora estadual de Epidemiologia da Sesapi.

Desde o dia 1° de dezembro equipes estão visitando propriedades rurais da região para investigação, visando avaliar a possibilidade de ocorrência de novos casos, epizootias além de hospedeiros, possíveis reservatórios e vetores.

Por Flávio Moura