Foto: Solinan Barbosa HGV utiliza técnicas avançadas no tratamento de doenças do aparelho digestivo

O Hospital Getúlio Vargas (HGV) tem avançado na realização de procedimentos de alta complexidade que nenhum hospital público no Estado está apto a fazer. Um desses procedimentos é a Colangiopancreatografia Retrógrada Endoscópica (CPRE). Um nome complicado, mas que o cirurgião geral, Carlos Renato, explica que a técnica é menos invasiva que a cirurgia convencional e é utilizada para tratar doenças associadas ao sistema biliopancreático. 

Segundo o cirurgião, a CPRE é uma técnica complexa, menos invasiva que permite, na mesma sessão, detectar e tratar doenças do canal pancreático, recorrendo a diversos acessórios especializados que se passam através do duodenoscópio, como por exemplo, a extração de cálculos, dilatações com balão e colocação de próteses.

Como foi o caso da lavradora Ivani de Jesus Sousa, 36 anos, que realizou o procedimento com sucesso no HGV. Ivani conta que sofria com dores tão fortes nas costas e no estômago que não conseguia mais levantar. Ela diz que é a segunda vez que esteve internada no HGV. A primeira vez, quando começou a sentir fortes dores, esteve internada no hospital, mas o procedimento não foi realizado. Ivani estava grávida de cinco meses e para preservar a vida do bebê e da mãe, o cirurgião optou pelo tratamento com medicação. 

Ivani, que mora em Valença, a 209 quilômetros de Teresina, ainda vai passar pelo segundo procedimento para ficar curada, mas já respira aliviada. Ela diz que os médicos do HGV preservaram a vida seu bebê. “Eles cuidaram tão bem de mim que meu filho nasceu bem. Fiquei em dieta e tomando medicação enquanto esperava o meu bebê nascer”, relata emocionada. 

O Residente em cirurgia do aparelho digestivo do HGV, Vinicius Costa, aluno do professor Carlos Renato, explica que a técnica utilizada, conhecida como CPRE, é menos invasiva e com menor risco de complicação para a paciente. “O procedimento utiliza um duodenoscópio, que é um aparelho de endoscopia de ultima geração e pinças com extratores para retirada de cálculos. O Tubo é inserido na boca do paciente e passa através da garganta para o Esófago, estômago e segunda porção do Duodeno, local onde se visualiza a papila duodenal, onde são drenadas as secreções”, explica Costa. 

O cirurgião Carlos Renato, que coordenou o procedimento, destaca que quando tem alguma obstrução nesses canais, provoca dores insuportáveis para o paciente e é necessário o tratamento adequado de forma ágil. “Optamos por uma técnica menos invasiva que permitiu a recuperação da paciente de forma mais rápida, com menos complicações. No HGV isso é possível porque possui equipamentos modernos para isso”, explica o cirurgião.

Segundo ele, a demanda é grande chegando a cinco pacientes por semana e se não tratados rapidamente podem vir a óbito.

Por: Fátima Oliveira