A descentralização dos serviços de assistência em oncologia no estado ganha mais um aliado com a parceria firmada entre a Secretaria de Estado da Saúde, a Universidade Estadual do Piauí e Instituto do Câncer (INCA) para formação de doutores em oncologia. A formação de profissionais da área de saúde está em fase avançada de implementação, com a equipe do INCA visitando as instalações hospitalares da rede estadual.

O avanço na área de assistência em oncologia vem sendo alcançado com a implantação de uma Unidade de Alta Complexidade em Oncologia (UNACON) no Hospital Universitário (HU), em Teresina, e outra na Planície Litorânea, em hospital privado, credenciado ao Sistema Único de Saúde(SUS), em Parnaíba.

A intenção do governo do Estado é também implantar esse serviço na região sul do estado, “mas lá temos uma dificuldade maior em termos de profissionais, daí a necessidade de buscar parceria com a maior referência nacional que nós temos na área de oncologia, o INCA, e assim trabalhar a formação para termos mais profissionais qualificados em todo o Piauí”, explica o secretário Francisco Costa.
“Acreditamos ser um passo muito importante para todo esse processo de consolidação de serviços de saúde pública interiorizada e concretizar essa rede de atenção às pessoas com doenças oncológicas”, disse.

A proposta é que a programação de seleção dos profissionais participantes do processo ocorra ao longo do segundo semestre de 2016 e no início de 2017 iniciar a pós-graduação Stricto sensu na modalidade doutorado. Inicialmente, serão disponibilizadas 12 vagas.

As perspectivas principais de como se desenvolverá o projeto já foram definidas, assim como o fluxo de montagem da cooperação entre as instituições, mas, segundo Marcelo Soares, coordenador do Programa de Pós-graduação do INCA a parceria pode ir mais além. “Temos uma proposta de contemplar as diversas áreas da assistência em saúde de forma a fomentar a formação de recursos humanos em todas essas áreas através dessa cooperação, formando não somente médicos, mas uma gama de profissionais de saúde, enfermeiros, fisioterapeutas, nutricionaistas e outras áreas especialmente para o paciente oncológico e dessa forma criar um núcleo de profissionais altamente qualificados nesse processo”.

O curso será realizado nos espaços da UESPI, com aulas presenciais quase em sua totalidade, e também no INCA. “Essa troca de ambiente, proporciona aos alunos tomarem maior contado com seus orientadores e com os colegas doutorandos, isso traz uma vantagem bastante importante na formação desses profissionais”, acrescenta o coordenador.

Técnicos do INCA visitam o HGV
Técnicos do Instituto Nacional do Câncer (INCA) visitaram o Hospital Getúlio Vargas (HGV), nesta terça-feira (19), dentro da programação de implantação do curso de pós-graduação a nível de Doutorado com a Universidade Estadual do Piauí, através da direção do Centro de Ciências da Saúde (CCS). A diretora geral do HGV, Clara Leal, disse que a proposta é  viabilizar o HGV como possível campo de formação para o doutorado.

No primeiro momento, a meta é formar doze doutores na área de oncologia para somar com a rede oncológica do Estado.  Segundo o coordenador do CCS, Vinicius Oliveira, a previsão é que até dezembro deste ano, o processo seletivo seja concluído e as aulas comecem no início de 2017. "Com os títulos de doutores, os professores da Uespi poderão pleitear novos cursos de pós-graduação na instituição e novos financiamentos para projetos", destaca Vinicius.

Para Clara Leal, a proposta é viável e vem consolidar o HGV como hospital de ensino na formação de profissionais. Atualmente o HGV possui nove residências médicas e uma residência multiprofissional.

Participaram da reunião, a diretora geral do HGV, Clara Leal; o professor e coordenador adjunto da Pós-graduação do INCA, Luis Cláudio Thuler; o professor Marcelo Soares, também da coordenadoria de Pós-graduação do INCA e o diretor da Faculdade de Ciências Médicas (FACIME), Prof. Vinicius Oliveira. Além do coordenador da Clínica Cirúrgica do HGV, Hamilton Fontes, a Coordenadora da Comissão Multiprofissional da UESPI, Sônia Campelo.

Por Samara Augusta e Fátima Oliveira