A Maternidade Dona Evangelina Rosa foi o primeiro hospital público de Teresina a oferecer a Oficina de Comunicação Efetiva aos colaboradores. O curso, que contempla a segunda Meta Internacional de Segurança do Paciente, teve início na última segunda-feira (26) e encerrou nesta quarta (28). Cerca de 40 profissionais foram qualificados. 

A Oficina, que foi ministrada pela ouvidora do Sus, da Secretaria de Estado da Saúde, Margareth Eulálio, e pela jornalista Fátima Oliveira, assessoria de Comunicação do Hospital Getúlio Vargas (HGV), teve como objetivo melhorar a comunicação entre os profissionais de saúde e usuários, a Maternidade. A atividade funcionou como forma de melhorar a comunicação entre profissionais de saúde de diversas áreas e proporcionar melhor qualidade, segurança e assistência ao paciente. 

Na última etapa, realizada hoje (28/09), os participantes aprenderam a utilização da Ferramenta SBAR (Situação / Cenário / Avaliação / Recomendação). Para o diretor geral da Maternidade, médico José Brito, a iniciativa é importante pois os participantes funcionarão como multiplicadores na Instituição, o que será refletido na qualidade do atendimento para o binômio mãe-filho.

Segundo a ouvidora Margareth Eulálio, a Oficina aproxima a Maternidade ainda mais das metas internacionais de segurança do paciente, por entender que a Comunicação Efetiva, segundo ela, é de fundamental importância para prática das demais. Ela destacou que nos ambientes de trabalho, especificamente em hospitais, as informações devem ser específicas e objetivas para evitar procedimentos inadequados. "A expectativa é que o atendimento comece apresentar os resultados mais exatos da situação da paciente, a correção de situações verificadas nos prontuários que nem sempre vem escritas de forma correta", explicou a ouvidora, ressaltando que as informações devem ser exatas para que os procedimentos sejam feitos de acordo com as necessidades da paciente. 

Já a jornalista Fátima Oliveira explicou a importância da comunicação em saúde. Ela lembrou que a Comunicação Efetiva tem sido apontada por pesquisadores como fundamental pois possibilita a melhoria e o entendimento das outras metas. "Os profissionais têm dificuldade de manter a comunicação entre as equipes, mas diálogo e negociação são o ponto de partida para qualidade do cuidado e o entendimento entre as parte", disse.

"A Oficina de Comunicação Efetiva serviu pra termos a noção de quanto é importante a comunicação na assistência ao paciente e que a comunicação entre profissionais deve ser feita de forma precisa e completa, além de compreendida por todos na Instituição. Isso será importante também para corrigir erros e na melhoria da segurança do paciente", comentou o técnico em Enfermagem Carlos Augusto Aguiar, que trabalha no Instituto de Perinatologia Social da Mder (IPS). Ele disse ainda que a relação de trabalho entre profissionais deve melhorar de forma significativa. "Depois desse curso entendi que a comunicação é um processo chave e essas ações são necessárias", completou.

Em função do sucesso da Oficina de Comunicação Efetiva entre os colaboradores, já foi solicitada ao Núcleo de Educação Permanente e Práticas em Saúde (NEEPS) da Maternidade uma nova Oficina que contemplará mais profissionais de outros turnos. A previsão é para novembro deste ano. 

Melhorias na Maternidade 

Há cerca de quatro meses, a Maternidade Dona Evangelina Rosa passa por um processo de melhoria . Como parte desse momento de mudanças, realizadas com apoio de uma equipe SESAPI e assessoria do Hospital Alemão Osvaldo Cruz, está incluída, além da melhoria da estrutura e serviços, a capacitação profissional dos cerca de 1500 colaboradores.

Em julho deste ano, a Mder deu início a identificação digital das parturiente, que é a primeira Meta Internacional de Segurança do Paciente. Todas essas etapas contemplam projeto de reestruturação dos hospitais públicos que trabalha, especificamente, as questões de qualidade e segurança dentro das instituições e melhoria de processos, numa parceria do hospital alemão e o Ministério da Saúde, via Programa de Apoio ao Desenvolvimento Institucional do SUS (Proadi – SUS).

Por Astrid Lages