Valéria Cristina Batista tem 29 anos, é natural de Timon (MA) e está internada na Maternidade Dona Evangelina Rosa, como 31 semanas de gestação do seu segundo filho. Como está perdendo líquido amniótico e não é recomendado fazer o parto, a jovem está sendo assistida e tomando medicações para fortalecer seu bebê a fim de que ele nasça saudável, além de sulfato ferroso. De três em três dias faz novos exames para saber a evolução do tratamento. Essa é mais uma das gestantes que estão tendo acesso a um atendimento humanizado e com todas as normas de segurança do paciente, instituídas na Mder desde o início do processo de Reestruturação  iniciado no ano passado.

A futura mamãe, desde seu ingresso na Instituição Hospitalar utiliza pulseira de identificação. Essa, a primeira das Normas de Segurança do Paciente instituídas na Maternidade, instituída pelo Núcleo de Segurança do Paciente (NPS) e visa garantir a correta identificação do paciente a fim de reduzir a ocorrência de incidentes. Na identificação das parturientes consta o nome e data de nascimento (caso o bebê já tenha nascido) e número do prontuário, para as que se encontram internadas. Os recém-nascidos recebem uma pulseirinha constando os identificadores da mãe, a data e hora de nascimento, sexo e, no caso de gêmeos as mesmas informações, ainda identificando qual foi o primeiro e segundo a nascer.

Assim como Valéria, as parturientes que ingressam na Maternidade, que realiza uma média 10 mil partos por ano, trabalham com assistência humanizada, preconizada pela Rede Cegonha “Vou ficar aqui até meu bebê nascer. Não tenho o que reclamar daqui. A todo o momento tenho um profissional me atendendo. A minha pulseira é verificada todos os dias para ver se está tudo normal. Checam meu nome e todas as informações para garantir que os remédios estão corretos”, explica a gestante garantindo que quem precisar da Maternidade será bem atendido, bem como ela está. 

Mas a segurança do paciente está sendo colocada em prática através de outras Metas. Além da identificação correta do paciente, citada pela gestante, a Evangelina já implantou mais quatro delas, como a Comunicação efetiva, que tem como finalidade garantir que a comunicação entre profissionais e áreas seja oportuna, precisa, completa, sem ambigüidade e compreendida por todos. Já a terceira diz respeito a melhorar a segurança na prescrição, no uso e na administração de medicamentos, tendo como objetivo promover práticas seguras na prescrição , dispensação e administração relacionadas ao uso de medicamentos no âmbito da MDER. A quarta implantada é a cirurgia segura que visa reduzir a ocorrência de incidentes, eventos adversos e de mortalidade cirúrgica. Higienizar as mãos para evitar infecções é a quinta Meta de segurança do paciente e de fundamental importância, pois tem como objetivo de prevenir e controlar as infecções relacionadas à assistência à saúde e daqueles outros envolvidos no cuidado assistencial.

 *Cartilha de Segurança do Paciente*

No final da semana passada, a diretoria da Mder apresentou aos servidores da Casa a Cartilha de Segurança do Paciente. Tendo como objetivo, a curto e médio prazo, a implementação da qualidade assistencial ao binômio mãe-filho, a MDER vem desenvolvendo ações adequadas com o Programa Nacional de Segurança do Paciente (PNSP), disseminação da cultura de segurança, melhoria contínua do processo de trabalho e dos indicadores institucionais, além da implementação de boas práticas.

“A segurança é um processo contínuo e deve ser revisado sempre, criando a cultura de segurança do paciente e o cumprimento de protocolos.”, afirmou a enfermeira Virgínia Lopes, coordenadora do NSP. Segundo o diretor de Ensino e Pesquisa, o médico obstetra Joaquim Parente, a cartilha foi elaborada a fim de dotar cada profissional e conscientizá-los acerca da segurança do paciente. “É um documento oficial que passa, a partir de agora, a ser regra”, anunciou o Parente ressaltando que esse é um passo importante no desenvolvimento de vários seguimentos”, concluiu.

Um dos nossos alvos na Mder é proporcionar o melhor suporte ao paciente e levar nossa Instituição a crescer cada vez mais. As palavras são do diretor geral da Casa, médico Francisco Macêdo. Ele se lembrou dos avanços alcançados desde o início de sua gestão, há cinco meses, e relatou que os bons resultados são fruto de um trabalho em equipe. “Avançamos em vários pontos e vamos avanças ainda mais”, garantiu Macêdo. Ao falar da importância do documento, ele afirmou que esse trabalho eleva a Casa, já que os aprendizados dos profissionais são levados aos pacientes. “Proporcionando segurança, estamos realizando trabalho efetivo e de qualidade”, disse.

*Os setores*

O NSP é responsável por estabelecer políticas e diretrizes de trabalho voltado para segurança dos pacientes por meio do planejamento, desenvolvimento e avaliação de programas que visem garantir a qualidade dos processos assistenciais na MDER. Além disso, absorvem exigências da RDC/ ANVISA 36/2013, que obriga os estabelecimentos de saúde a constituírem, casa um, seu NSP.

Já o Núcleo de Educação Permanente e Práticas em Saúde NEEPS, setor responsável pelo planejamento, organização, execução e avaliação de cursos de atualização e capacitação direcionados aos vários segmentos que compõem o quadro funcional da Maternidade, além de construir documentos formativos e informativos relacionados à qualificação dos profissionais que trabalham na Evangelina Rosa. Todo esse trabalho garante a satisfação e segurança de pacientes que , assim como Valéria, têm atendimento eficiente garantido desde sei ingresso até a alta da Maternidade. O Núcleo vem trabalhando para intensificar a política de melhoria do atendimento ao público através da qualificação dos profissionais da Mder. Segundo a coordenadora Carolline Klícia, o NEPPS vem apoiando às ações de Educação Permanente em Saúde na MDER objetivando a transformação das práticas profissionais e da própria organização do trabalho.

*As Metas*

Segundo o Ministério da Saúde, a Segurança do Paciente é um dos seis atributos da qualidade do cuidado, e tem adquirido, em todo o mundo, grande importância para os pacientes, famílias, gestores e profissionais de saúde com a finalidade de oferecer uma assistência segura.

Por Astrid Lages