O Hospital Getúlio Vargas(HGV) implantou em sua rotina de assistência intensiva mais um método de fisioterapia que visa minimizar os efeitos negativos da falta de movimentos nos pacientes internados em Unidades de Terapia Intensiva(UTI). Para isso, adquiriu o aparelho Cicloergômetro Elétrico Passivo, o que torna o HGV o primeiro hospital público do estado a adotar o equipamento na rotina de UTI, igualando-se a grandes hospitais de referência do Brasil.

O médico intensivista, Bruno Ribeiro, explica que é um aparelho de fisioterapia elétrico, que pode ser usado pra movimentar as pernas e braços do paciente mesmo que ele esteja em coma ou sob efeito de sedativos. 

Bruno Ribeiro explica que o aparelho é diferente do cicloergômetro convencional por ser totalmente automático, sem a necessidade de esforço físico por parte do paciente. Seu uso é ideal nas terapias de Lesão Medular, AVC hemorrágico, Mal de Parkinson, Esclerose Múltipla, dentre outras patologias. “Isso reduz a perda de massa muscular, que sempre acontece quando o paciente passa muitos dias na UTI”, ressalta o médico intensivista.

Bruno Ribeiro destaca ainda que as vantagens do uso do equipamento sejam muitas. “Garante o exercício cíclico até para quem não tem nenhuma mobilidade e traz inúmeros benefícios como, por exemplo: melhoria da circulação sanguínea, fortalecimento e prevenção muscular para o não atrofiamento dos membros, massageando a bexiga e o intestino, previne Lesão por Pressão e reduz espasmos” explica Ribeiro. 

De acordo com o coordenador de fisioterapia do HGV, Dilson Filho, o uso do Cicloergômetro como recurso para o tratamento de pacientes críticos, mesmo estando sob controle de Ventilação Mecânica, principalmente de maneira precoce, auxilia na melhoria da capacidade funcional, da força muscular periférica e respiratória, reduzindo assim a sensação de fadiga e dispneia.

O HGV conta com 20 leitos de UTI, sendo atendidos, em média, 40 pacientes por mês.

Por Fatima Oliveira