Em nova etapa do Mutirão de Cirurgias Eletivas, o Governo do Piauí inicia agora a etapa na área de pediatria, atendendo o público infantil de todo Estado. Foi o que anunciou o secretário de Estado da Saúde, Florentino Neto, durante reunião hoje, 21, com o presidente da Associação de Prefeitos Municipais do Piauí (APPM/PI), Gil Carlos. Na pauta, também foi abordado sobre os repasses aos municípios, referente cofinanciamento da Atenção Primária e Hospitais de Pequeno Porte(HPP).

Na primeira etapa do Mutirão, realizado no final de 2017, foram atendidas mais de 2.000 pacientes. Nesta segunda etapa, a meta é atender, em dois meses, mais de mil crianças, com realização de consultas e cirurgias, em diversos tipos de procedimentos, de média e alta complexidade.  O Hospital Regional Tibério Nunes, em Floriano, será a primeira unidade a iniciar os procedimentos, que deve começar já na primeira quinzena de março.

Para maior cobertura, o secretário Florentino Neto reforça a importância da participação de todos os gestores municipais de saúde na triagem e identificação dos pacientes, para que seja organizada a demanda de procedimentos. “Com essa segunda etapa do Mutirão, estaremos, mais uma vez, promovendo a descentralização de serviços especializados, tornando o acesso o mais próximo possível de suas residências, reduzir o tempo de espera e, por conseguinte, melhorar a assistência prestada aos usuários do SUS”, comenta.

Serão atendidas as crianças com idade entre 0 a 15 anos de idade, contemplando todas as macrorregiões de Saúde, nos seguintes hospitais da rede estadual:
- Hospital Estadual Dirceu Arcoverde (HEDA): Parnaíba
- Hospital Estadual Gerson Castelo Branco: Luzilândia
- Hospital Regional de Campo Maior: Campo Maior
- Hospital Infantil Lucídio Portella: Teresina
- Hospital Estadual Deolindo Couto: Oeiras
- Hospital Regional Eustáquio Portela: Valença do Piauí
- Hospital Regional Tibério Nunes: Floriano
- Hospital Regional Terezinha Nunes de Barros: em São João do Piauí
- Hospital Regional Manoel de Sousa Santos: Bom Jesus 
- Hospital Estadual Dr. João Pacheco Cavalcante: Corrente 

Além do Mutirão voltado às crianças, Florentino Neto também anunciou que será realizado Mutirão de Cirurgias de Catarata, que pretende atender 7.000 pessoas em todo o Piauí, sendo o maior de toda a história do Estado. Serão investidos R$9 milhões em recursos do Tesouro Estadual e de emendas parlamentares do deputado federal Assis Carvalho.

Cofinanciamento aos municípios
Florentino Neto também tratou sobre a agenda de repasse do cofinanciamento da Atenção Primárias e dos Hospitais de Pequeno Porte(HPP) geridos pelos municípios. Somente esta semana, foram repassados mais de R$ 8 milhões, referentes aos meses de janeiro e fevereiro de 2018. A partir de março, será atualizado o que se está em atraso.

“Além dos pagamentos que já fizemos este mês, dialogamos com os prefeitos municipais um cronograma de pagamentos referentes aos meses em atraso. A partir de agora, vamos realizar os depósitos do mês atual e de um mês em atraso, assim, os gestores receberão dois depósitos de cada vez, de modo que até dezembro, atualizaremos todos os débitos existentes”, informa.

O presidente da APPM, Gil Carlos Modesto, prefeito de São João do Piauí, avaliou a reunião como satisfatória, além de ter as informações acerca dos novos mutirões de cirurgias, que é de grande importância para a população, principalmente do interior do Estado, a SESAPI aponta para uma regularidade nos repasses para custeio da saúde dos municípios. “Estamos saindo otimistas. O secretário Florentino Neto garantiu a regularidade nos repasses. Nós, prefeitos, reconhecemos as dificuldades financeiras que todos estamos passando, mas foi importante porque também saímos daqui entendendo melhor esse fluxo financeiro da SESAPI para com nossos gestores”, afirma.

Outro ponto abordado foi o início do processo para realização de uma nova PPI – Programação Pactuada Integrada, que definirá melhor e de forma mais atualizada como será dividida a oferta de serviços em saúde, incluindo exames, consultas especializadas, ambulatoriais e procedimentos de média e alta complexidade. A PPI que está em vigor, pactuada ainda em 2009, não atende mais à nova realidade de saúde nos territórios, deixando a desejar para os municípios que precisam ter sua população atendida de forma mais resolutiva e mais perto de sua região. 

Por Denise Nascimento e Albano Amorim