A ONG Sou Doador lançou um vídeo em homenagem às mulheres transplantadas, mostrando a beleza das cicatrizes de cirurgias de transplantes de órgãos. Pois, essas novas marcas no corpo também representam uma nova oportunidade de vida aos transplantados. Traços que dizem muito um novo momento dessas mulheres: de autoestima e de celebração à vida.

Para a piauiense Gabriela Noronha, uma das participantes do vídeo, a campanha é de grande relevância para ajudar na autoestima dessas mulheres. "Para mim, é gratificante mostrar a marca que me trouxe de volta à vida. Sempre incentivo às pessoas a não terem vergonha de suas cicatrizes, pois foi através dela que revivemos. Essa campanha fez com que possamos valorizar ainda mais nosso corpo".  

O foco da campanha é ostentar a beleza e a força de nossas cicatrizes, lembrando sempre que elas representam a marca de uma vitória. "Que possamos todos os dias lembrar o tão belo que é estarmos vivas, essas cicatrizes mostram a beleza do nosso transplante. E sempre lembro ‘Somos transplantadas! Somos vitoriosas! Somos perfeitas’", enfatiza Patrícia Fonseca, fundadora da ONG Sou Doador. 

"Esse vídeo é de suma importância para ressalta, que a pessoas transplantadas têm uma marca de beleza, que lhe deu uma nova vida. Queremos sempre lembrar que a doação de órgão e tecido traz um novo sentido à vida, tanto da família de quem doa, como de quem recebe", ressalta a coordenadora da Central de Transplantes do Piauí, Lourdes Veras.

A ONG Sou Doador é criadora do movimento Doa Brasil, que  busca facilitar a doação de órgãos por meio de um aperfeiçoamento da legislação brasileira sobre Doação de Órgãos.

O Movimento Doa Brasil iniciou com as pesquisas da economista comportamental Patricia Fonseca, que também é transplantada do coração. Em pouco tempo ganhou apoio e foi se solidificando. “Defender e lutar por cada vida e por cada brasileiro é um dos deveres de nossa pátria. Todo esforço é válido, porque toda vida importa”, lembra Patrícia Fonseca. 

A ONG tem como representante no Piauí Gabriela Noronha, que recebe apoio da Central de Transplantes do Piauí, para que esse trabalho possa criar mais força no estado.

Por Amanda Dourado