Fepiserh Hospital Infantil realiza primeira videourodinâmica pelo SUS no estado

Um êxito importante para a saúde pública no estado. Na última terça-feira de março (27), o Hospital Infantil Lucídio Portela, um dos seis hospitais administrados pela Fundação Piauiense de Serviços Hospitalares (Fepiserh), realizou a primeira vídeourodinâmica no Piauí pelo SUS. Este é o exame padrão-ouro para o estudo funcional e anatômico do trato urinário inferior.

O médico uropediatra Djalma Ribeiro Costa, que realizou o procedimento, explica que a estrutura do Hospital Infantil vem sendo renovada e, com isso, a equipe aproveitou os equipamentos de radiologia e urodinâmica que dispunham, para inovar e proceder o exame. "A videourodinâmica é uma inovação. Associamos os exames radiológico tradicional, com contraste, ao urodinâmico tradicional, para chegar a essa novidade com sucesso", pontua.

O médico conta que pelo Sistema Único de Saúde, apenas o Hospital Lucídio Portela realiza urodinâmica de rotina em crianças. "Não temos uma grande estrutura, como nos hospitais privados, mas mesmo assim, conseguimos executar o procedimento no nosso espaço da radiologia, que sempre vem sendo reformado", avalia.

Ele explica que antes eram necessários vários exames separados para se chegar a um diagnóstico. "Conseguimos com um único exame dar um diagnóstico preciso e correto para o paciente. Além disso, o procedimento termina gerando menos sofrimento à pessoa", declarou. Segundo Djalma, a vídeourodinâmica é o exame mais complexo da urologia para o trato urinário inferior e permite saber a gravidade das doenças que acometem a bexiga e uretra. "Com o exame, podemos obter informações exatas se há necessidade de cirurgia", acrescenta.

Costa relata que com o novo exame, foi possível identificar problemas de imediato em uma das crianças assistidas no hospital, agilizando o tratamento. "Ela foi encaminhada à uma UPA, para retirada de um fecaloma, que é uma massa volumosa e dura, constituída de matéria fecal desidratada que fica estagnada no reto. Depois, a paciente será tratada com medicamentos e um novo procedimento cirúrgico, se necessário", pontua.

Por Fepiserh