Divulgação Secretaria de Saúde alerta sobre os riscos do câncer de boca

O câncer de boca é uma doença que acometeu cerca de 14,7 mil pessoas no Brasil só no ano de 2018. Os dados do Instituto Nacional do Câncer (INCA) demonstram a importância de conscientizar a população a cerca dessa doença, que na maioria dos casos pode ser evitada com hábitos saudáveis.

No Piauí é estimado que foram cerca de 660 casos novos no ano passado, sendo 430 diagnosticados em pessoas do sexo masculino e 230 do sexo feminino. Com isso, a Secretaria de Estado da Saúde alerta a população dos fatores de risco e os cuidados para prevenção dessa doença.

O câncer de boca atinge mais os homens acima dos 40 anos e os hábitos saudáveis são a chave para evitar esse tipo de câncer, a abstenção de fumo e bebidas alcoólicas, dieta rica em alimentos saudáveis, boa higiene oral e outras atitudes como estas. A Organização Mundial da Saúde (OMS) estima que a prevenção pode ajudar a reduzir a incidência de câncer em até 25% até 2025.

 

Fatores de risco

Tabagismo: De acordo com a Organização Mundial da Saúde, cerca de 90% dos pacientes diagnosticados com câncer de boca eram tabagistas. O cigarro representa o maior risco para o desenvolvimento do câncer de boca e o risco varia de acordo com o consumo. Ou seja, quanto mais frequente for o ato de fumar, maiores serão as chances de desenvolver câncer de boca.

HPV: Pesquisas comprovam que o vírus HPV está relacionado a alguns casos de câncer de boca.

Álcool: O consumo regular de bebidas alcoólicas aumenta o risco de desenvolver câncer de boca. A associação entre cigarro e bebidas alcoólicas aumenta muito o risco para câncer de boca.

Além destes fatores, observa-se em pacientes com câncer de boca uma higiene bucal deficiente e uma dieta pobre em proteínas, vitaminas e minerais e rica em gorduras.

 

Sinais do câncer de boca

Os principais sinais que devem ser observados são: lesões na cavidade oral ou nos lábios que não cicatrizam por mais de 15 dias; manchas/placas vermelhas ou esbranquiçadas na língua, gengivas, céu da boca ou bochecha; nódulos no pescoço; rouquidão persistente. Nos casos mais avançados podem ser percebidas: dificuldade de mastigação e de engolir; dificuldade na fala e sensação de que há algo preso na garganta.

A Secretaria de Estado da Saúde alerta que ao apresentar qualquer um desses sintomas um médico ou dentista deve ser consultado para avaliação profissional, que pode ser feita em qualquer unidade de saúde.

 

Tratamento

Na grande maioria das vezes é cirúrgico, tanto para lesões menores, com cirurgias mais simples, como para tumores maiores. O cirurgião de cabeça e pescoço é o profissional que vai avaliar o estágio da doença. Essa avaliação, associada a exames complementares determinará o tratamento

mais indicado. A radioterapia e a quimioterapia são indicadas quando a cirurgia não é possível ou quando o tratamento cirúrgico traria sequelas funcionais importantes e complicadas para a reabilitação funcional e a qualidade de vida do paciente.

 

A cirurgia normalmente consiste na retirada da área afetada pelo tumor associada à remoção dos linfonodos do pescoço e algum tipo de reconstrução quando necessário. Nas lesões mais simples, muitas vezes é necessário apenas a retirada da lesão. Nos casos mais complexos, além do tratamento cirúrgico, é necessária realização de radioterapia para complementar o tratamento e obter melhor resultado curativo. Em todas as etapas do tratamento é importante o aspecto interdisciplinar (com a participação de vários profissionais de saúde) visando a prevenir complicações e sequelas.

 

Por Denise Nascimento com informações do Ministério da Saúde