Na manhã desta quarta-feira (10) o Secretário de Saúde Florentino Neto se reuniu com a Vice Governadora do Piauí Regina Sousa, e com representantes do Ministério Público para apresentar o Protocolo de atenção a crise do paciente psiquiátrico. O protocolo traz as ações que serão feitas durante os atendimentos de pacientes que apresentem transtornos psiquiátricos, em especial aqueles que estejam em situação de rua, apresentando as atribuições de cada instituição envolvida durante o atendimento.

“Nós queremos regulamentar uma política de atenção ao morador de rua que possa garantir uma assistência a saúde, uma assistência social, resolvendo assim os problemas de vácuo na  normatização e regulamentação tanto no serviço da assistência social como dos serviços de saúde. Dessa forma, vamos resolver essas omissões que temos na legislação, garantindo um serviço integral de assistência social e saúde para os moradores de rua”, fala o secretário Florentino Neto.

Uma das propostas é de que os membros do SAMU que atendam casos de moradores de rua e definam de quem será o apoio para cada caso. Os trabalhos querem levar uma capacitação para o corpo de bombeiros, polícia militar e membros do SAMU, para que o atendimento prestado tenha qualidade.

A Vice Governadora destaca que o projeto aborda um ponto importante que leva a reflexão do que será feito após o paciente deixar o sistema de saúde. “ Muitos desses moradores de rua que são atendidos e precisam ir até o sistema de saúde público até chegam aos nossos hospitais, a questão vem no que acontece após  eles deixarem as unidades de saúde. Na próxima semana vamos conversar com outros órgãos para começarmos a traçar essa abordagem e apontar alguma saída para o pós tratamento”, explicou a Vice governadora Regina Sousa.

A promotora de justiça Carla Carvalho é coordenadora do centro de apoio a saúde e fala que o projeto foi construído com a parceria de vários órgãos, buscando traçar como deve ser feita a participação de cada um deles organizando assim uma melhor atenção aos moradores em situação de rua. “Queremos melhorar o atendimento garantindo o principio fundamental da dignidade da pessoa humana para essas pessoas. Com isso podemos ter uma política pública bem definida de assistência a população no âmbito do acompanhamento psiquiátrico”, diz Carla  Carvalho.