A Maternidade Dona Evangelina Rosa recebeu, na manhã desta quinta-feira (15), a visita do Ministério Público do Piauí, na pessoa do promotor de Justiça, Eny Marcos Vieira Pontes, titular da 12ª Promotoria de Justiça, especializada na defesa da saúde pública, e de membros do Conselho Regional de Medicina (CRM/PI). Durante a passagem por vários setores, foram discutidas situações pontuais a serem modificadas e melhoradas. Os diretores da Unidade Hospitalar acompanharam a vistoria, que aconteceu na Ala B, Centro Cirúrgico, Setor de Admissão e na obra que está sendo realizada onde funcionava a Ala Canguru.

Para o diretor-geral da MDER, Francisco Macêdo, essas vistorias são de extrema importância para a melhoria e união de forças pela maternidade. “Ouvimos o promotor e aguardaremos por escrito suas considerações para resolvermos, da forma mais rápida possível, as orientações do MP de CRM”, disse. “Queremos melhorar casa vez mais. Por isso, ressaltamos a importância da parceria com todos os orgãos fiscalizadores, com ajuda da Secretaria de Estado da Saúde (Sesapi) e do Governo do Estado, no sentido de cumprir todas as exigências”, concluiu o diretor

Reforma Ala D

MP e CRM também visitaram uma grande obra que está sendo realizada na Maternidade, onde funcionava a Ala Canguru. A construção está orçada em R$ 931.267,36 e abrigará 30 leitos de Unidade de Cuidados Intermediários Convencionais  (Ucinco)  e 10 leitos de UTI Materna, além de um Banco de Sangue.

Foram pontuados fatores como barulho e poeira por conta do serviço. Neste momento, houve a participação diretor de Supervisão da Gestão de projetos da Secretaria de Planejamento (Seplan), Gilberto Gomes. Ele realiza monitoramento semanal da obra, juntamente com a construtora e a fiscal do projeto, arquiteta Nádia Teixeira.

Gomes assegurou uma forma de descarte de materiais que cause menos impacto para o andar de baixo. Por outro lado, a arquiteta da Maternidade, Nádia Teixeira explicou que a equipe da construtora responsável pela obra foi orientada previamente sobre a forma de trabalhar, com o mínimo barulho possível, por se tratar de um hospital. “Assim está sendo feito”, assegurou ela.

Setor de Admissão

Um dos locais vistoriados foi a nova Admissão da Casa, inaugurada no primeiro semestre deste ano, dotada sala de estabilização e reforma a sala de Classificação de Riscos. Além deste espaço, ainda no primeiro semestre, foram concluídas a construídas a Central de Materiais e do Serviço de Radiologia, bem como da Unidade de Cuidados Intermediários Canguru (Ucimca). Todos os espaços foram equipados com o que há de mais moderno em maquinários, mobília, macas, etc.

Após a reforma da Ala C, entregue em julho, a Unidade aguarda concluir processo de licitação para criação de mais 44 leitos de obstetrícia, situação que será feita dentro da lei. Ao que se refere às camas e colchões, foi realizada recentemente a reforma de mais de 100 camas e colchões, além de poltronas – de pacientes e acompanhantes -  e escadas.

Já a recuperação de área física, ao que se referem a banheiros, pisos, janelas e pintura já foi concluída nas enfermarias recuperadas. Está em tramitação processo para a reforma de mais 51 banheiros, o que representará um investimento de mais de R$ 1 milhão. Tudo através de processo legal. Além disso, foi reconstruído o parque tecnológico de imagem, instalação de novo piso em centro cirúrgico e centro obstétrico. Com a inauguração da nova Central de Materiais (CME), a capacidade de esterilização de materiais da maternidade foi duplicada para 1400 kg de material por dia.

A Maternidade Evangelina Rosa cumpre um cronograma de obras e reformas e ampliações que é acompanhado pela Controladoria Geral do Estado (CGE), que visita a instituição semanalmente para vistoria das obras que estão sendo e já foram realizadas. “E isso tem sido feito gradualmente para que não prejudique o atendimento. Para reformar uma ala, temos que transferir pacientes para outro espaço”, explicou Francisco Macêdo.

Saúde dos bebês

Dentre as questões conversadas, esteve denúncia de algumas pacientes da Ala D acerca do horário em que os ar condicionados são desligados durante a manhã (6h às 10h). A Chefe do Setor de Neotatologia, médica Lilian Karla, explicou minuciosamente que a norma acontece pela seguranças dos recém-nascidos. “Com os aparelhos ligados, não podemos dar banho nem examinar os bebês porque eles podem ter hipotermia (é a temperatura corporal reduzida que acontece quando um corpo dissipa mais calor do que produz internamente durante tempo suficientemente prolongado) por conta do frio”, explicou a médica, argumentando que a prioridade é a saúde dos bebês. “Hipotermia pode causar danos irreversíveis até mesmo óbito”, explicou. A pedido do Promotor Enyr Marcos ficou definida a tentativa de reduzir o desligamento para as 9h e uma justificativa por escrito ao MP, no entanto, a médica frisou que será uma tentativa e reafirmou que a saúde dos recém-nascidos está em primeiro lugar.

A segurança do pacientes é um dos pilares da gestão atual. Em março deste ano, a maternidade Dona Evangelina Rosa investiu R$ 73 mil e adquiriu uma máquina unitarizadora, que faz fracionamento de medicamentos. O equipamento, adquirido de forma pioneira.

 

Autoria: Astrid Lages