Na manhã desta segunda-feira (17) a supervisão de Hanseníase da Secretaria de Estado da Saúde do Piauí realizou ação pelo Janeiro Roxo. Além de relembrar a importância de manter os cuidados com a hanseníase, não somente no Janeiro, durante todo o ano, a ação também premiou personalidade que trabalham com a hanseníase dentro do estado.

Através de uma votação realizada online, foram selecionadas a Enfermeira aposentada Maria da Luz Oliveira Melo; o Centro  Maria Imaculada e José               Oliveira da S. Filho, respectivamente para  as homenagens de “Profissional de Destaque na Hanseníase”, “Serviço de Destaque em Hanseníase” e “Personalidade de Destaque em Hanseníase”.

A Supervisora de Hanseníase da Sesapi, Eliracema Alves, destaca a importância de se trabalhar os cuidados com a hanseníase não somente  durante o mês de janeiro, mas sim durante todo o ano.

“As pessoas precisam ter em mente que não podemos negligenciar a hanseníase, em 2021 tivemos 549 casos notificados, o número representa uma redução de 60% em relação aos anos anteriores. Com essa redução verificamos que é preciso uma conscientização das pessoas pela busca do diagnóstico precoce, para poder também realizar o tratamento o mais rápido possível”, apontou a supervisora.

Entre os sinais e sintomas estão o aparecimento de manchas brancas ou rosadas, que deixam a área sem sensibilidade, perda de pelo e indolor. Com a percepção desse sintoma é essencial que a pessoa procure o posto de saúde para descartar ou confirmar o diagnóstico.

Sara de Moura Lima, biomédica e coordenadora do Centro Maria imaculada, instituição homenageada na área de serviços de destaque em hanseníase, aponta que a equipe multidisciplinar do centro ficou muito feliz pelo reconhecimento.

“é preciso ter um atendimento diferenciado e humanizado com as pessoas onde a hanseníase é identificada, uma vez que cada caso possui suas particularidades. A subnotificação devido a pandemia de Covid-19 acende um alerta para quer as pessoas procurem um diagnóstico precoce, para evitar complicações que a doença possa trazer”, destacou Sara Moura.

A Enfermeira aposentada Maria da Luz Oliveira Melo trabalhou 18 anos com a hanseníase no Centro Maria Imaculada e fala que o diagnóstico  precoce é a principal arma para o tratamento mais eficaz contra a doença.

“É importante que o paciente logo que perceba os sinais e sintomas procure o serviço de saúde para ter o diagnóstico. O tratamento precoce evita que a pessoa tenha sequelas causadas pela doença, que muitas vezes podem afetar todo o seu cotidiano. Fazendo o tratamento corretamente e dependendo da hanseníase, o paciente pode estar curado de 6 a 12 meses”, apontou Maria.