O acesso da população ao exames de prevenção tem ajudado a diminuir as mortes por câncer do colo do útero. O Piauí vem observando um aumento nos casos desde o aprimoramento dos sistemas de informação, como o SISCOLO, que oferece diagnóstico mais preciso. Em 1997 quando o sistema começou a funcionar no Piauí foram notificados 277 casos, em 2009 foram 390. A coordenadora da Saúde da Mulher, Alzenir Moura Fé, acredita que o aumento de casos se deve ao maior acesso aos exames. “Hoje, todos os municípios possuem a coleta de material para o exame de prevenção. É um serviço da Atenção Básica e que está acessível a todas as mulheres. O sistema de informação também contribui, já que todas as secretarias municipais nos abastecem com os dados sempre que os recebem”. explica. Atualmente, são 496 casos sendo tratados no Piauí, 290 de mulheres residentes no Estado e 206 vindas de outros lugares. Os números da doença aumentaram, mas a mortalidade vem decrescendo nos últimos anos. Em 2008 houve 121 óbitos, já em 2009, foram 102. “É possível que esse decréscimo na taxa de mortes seja uma tendência de mais diagnósticos precoces, e também de tratamentos mais adequados, entretanto, isso é apenas uma observação a olho nu, ainda não é uma análise aprofundada” pondera Alzenir. O Piauí possui uma rede de atenção à mulher, que alia três fases de atendimento, desde a prevenção ao tratamento do câncer. “Essa rede é composta pela Atenção Primária, responsável pelo trabalho preventivo. O secundário são os hospitais de média complexidade, onde as são realizados alguns tratamentos e exames mais complexos. A terceira fase é o tratamento de referência em Câncer, que funciona no Hospital São Marcos. O diagnóstico precoce através do exame de prevenção é o maior responsável pela cura, onde as chances chegam a 100 %. Consulta Pública - O Instituto Nacional do Câncer e Ministério da Saúde começaram na última segunda feira, 21, uma consulta pública acerca das diretrizes técnicas de investigação do câncer do colo de útero. O objetivo da consulta é aprimorar as diretrizes de investigação partilhando da opinião de usuários, servidores e do SUS, além de pacientes com câncer, médicos e comunidade acadêmica. A medida vai resultar em orientações que serão passadas aos profissionais de saúde para a criação de mecanismos mais apropriados para o acompanhamento dos pacientes, bem como a melhor análise de resultados. As susgestões devem ser postadas no site do Inca, através do endereço http://www.inca.gov.br/consultapublica/. As participações serão aceitas até o dia 21 de março de 2011.